Espelho, espelho meu. Que mulher sou eu?

Fabiana Souza

Fabiana Souza

Espelho, espelho meu. Essa frase é clássica no conto de fadas, não é mesmo?

Na história de Branca de Neve, nos deparamos com a madrasta malvada. Ela é conhecida por ser uma mulher cruel, narcisista e extremamente vaidosa. Seu ponto fraco é a beleza, ela sonhava em ser a mulher mais bela do mundo e faria o que for preciso para atingir o seu objetivo. Porém, a madrasta tinha uma enorme insegurança e sempre buscava afirmação de sua identidade. Uma prova disso era seus diálogos com o espelho, onde perguntava “Espelho, espelho meu. Existe mulher mais bela do que eu?”.

Pode parecer apenas um conto de fadas, mas por muito tempo essa madrasta existiu dentro de nós. Quantas mulheres perderam sua identidade por traumas do passado?

Muitas vezes essas mulheres já fizeram perguntas para o espelho, mas não encontraram resposta.

No nosso chá de mulheres desse mês de maio, tivemos como tema “Espelho, espelho meu. Que mulher sou?”. E o objetivo foi justamente trazer de volta nossa identidade.

Na bíblia também existe um relato de uma moça chamada Tamar, que perdeu sua identidade quando foi abusada sexualmente por seu meio-irmão Amnon.

Assim, Tamar foi à casa de seu irmão, que estava deitado. Ela amassou a farinha, preparou os bolos na presença dele e os assou.
Depois pegou a assadeira e lhe serviu os bolos, mas ele não quis comer. Então Amnom deu ordem para que todos saíssem; depois que todos saíram,
Amnom disse a Tamar: “Traga os bolos e sirva-me aqui no meu quarto”. Tamar levou os bolos que havia preparado ao quarto de seu irmão.
Mas quando ela se aproximou para servi-lo, ele a agarrou e disse: “Deite-se comigo, minha irmã”.
Mas ela lhe disse: “Não, meu irmão! Não me faça essa violência. Não se faz uma coisa dessas em Israel! Não cometa essa loucura.
O que seria de mim? Como eu poderia livrar-me da minha desonra? E o que seria de você? Você cairia em desgraça em Israel. Fale com o rei; ele deixará que eu me case com você”.
Mas Amnom não quis ouvir e, sendo mais forte que ela, violentou-a.

2 Samuel 13:8-14

E como de costume daqueles tempos antigos, Tamar não podia mais usar suas vestes reais porque não era considerada mais pura.

Ela estava vestindo uma túnica longa, pois esse era o tipo de roupa que as filhas virgens do rei usavam desde a puberdade.
Tamar pôs cinza na cabeça, rasgou a túnica longa que estava usando e se pôs a caminho, com as mãos sobre a cabeça e chorando em alta voz.

2 Samuel 13:18,19

Assim como existe madrastas, também existem várias Tamar pelo mundo e próximas de nós. Mulheres, meninas, que foram manipuladas, presas em relacionamentos abusivos e vitimas de abusos. Todas elas com sua história de dor e sem brilho no olhar.

Contudo, isso não é o fim. No chá de mulheres descobrimos a nossa verdadeira identidade, que o nosso passado não nos define e que toda maldição pode ser transformada em benção.

E sabem qual é a nossa identidade? Nós somos filhas amadas de Deus. Toda vez que olharmos para o espelho, teremos a certeza que existe um Jesus que nos ama e que não olha o nosso passado, pois ele já escreveu nosso futuro.

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